Joia do Caminho Francês
Diz a lenda – atribuída aos monges da Ordem de Cluny – que no início do século XI, o Rei Don García Sánchez III, “El de Nájera”, saiu para caçar nas imediações de seu castelo.
Ao soltar seu falcão para perseguir uma perdiz, os pássaros se perderam. O rei, em busca das aves, embrenhou-se em um bosque e acabou encontrando uma gruta, com um altar iluminado por uma lamparina e sobre ele a imagem da Virgem Maria com o Menino Jesus, um sino e um jarro de lírios. Seu falcão e a perdiz repousavam pacificamente ao lado da santa.
Neste exato local – por ordem do rei – começou a ser edificado o Monastério de Santa María La Real de Nájera, considerado um dos lugares mais emblemáticos da Comunidade Autônoma de La Rioja, em pleno Caminho de Santiago.
“Diz a lenda que, no início do século 11, o rei de Nájera, Don García Sánchez III, saiu um dia para caçar nas proximidades de seu castelo. Em busca de seu falcão, ele foi para a floresta até chegar a uma caverna, onde encontrou um altar com a Virgem e o Menino... O mosteiro de Santa María La Real foi construído naquela caverna ”.
Cúpula adornada com pintura representativa do “Juego de la Oca”. Um sinal aos peregrinos de que estavam no caminho certo.
A história, por outro lado, relata que a obra – que seria uma lembrança perpétua de seus nomes – se deu sob os conselhos e persuasão de Dona Estefanía, a amada esposa do rei.
De qualquer modo, ao conquistar Calahorra, em 1045, o rei ordena a construção de um albergue para peregrinos que percorriam o Caminho de Santiago e de um mosteiro em homenagem à Virgem, junto a uma caverna.
Panteão Real
A igreja foi consagrada em 1052 e passou a ser a sede da Sé Episcopal e do Panteão Real, onde estão localizados os mausoléus de mais de trinta reis e príncipes do reino de Nájera-Pamplona, antecessor do antigo reino de Navarra.
Em 1432, começou a ser construída a igreja atual e posteriormente seu claustro. As obras, no entanto, só foram concluídas em 1620. De lá para cá foram realizadas algumas reformas e ampliações internas que não modificaram substancialmente o complexo, mas praticamente não resta mais nada da Santa María original, dos tempos de Sancho III.
Jardim interno
A aparência exterior de fortaleza do Monasterio de Santa María La Real contrasta com a beleza e qualidade artísticas de seu interior representadas, especialmente, pelos delicados bancos do coro – esculpidos por volta de 1495 – e pela riqueza decorativa do “Claustro de los Caballeros”, assim chamado pelo grande número de nobres ali sepultados.
Imagem da Virgen de la Rosa
Na cripta está a entrada da caverna onde a Virgem teria aparecido ao rei Don García. A imagem que é venerada nesta caverna é uma escultura gótica do século XIII trazida do Real Alcázar de Nájera e se chama Virgen de la Rosa.
Até 1079, o local foi assistido pelo clero secular, mas após o desaparecimento do Reino de Nájera, o rei de Castela Alfonso VI entregou Santa María La Real aos irmãos beneditinos de Cluny e, assim, várias gerações de monges habitaram o mosteiro durante os séculos medievais. Em 1513, tornou-se dependente da Congregação de São Bento de Valladolid e desde 1895 é guardado pela Ordem Franciscana, que assumiu o mosteiro após longos anos de negligência e deterioração causados pelo confisco de 1835.
Claustro de los Caballeros
Desde 1889, o mosteiro é um Monumento Nacional. Além de seu inegável valor artístico, é um reflexo fiel da proeminência histórica desta região durante a Idade Média.
O monastério de Santa María la Real de Nájera é uma das joias arquitetônicas e históricas do Caminho de Santiago. ¡No te lo pierdas!