Inspirado nas mesmas idéias do “Slow Food”, o “Slow Travel” chega como um movimento florescente que define a pressa como a maior inimiga das viagens prazerosas.
Não se trata de modismo, elitismo ou privilégio. É um estilo de viagem baseado em um estado mental que rejeita a ideia de que uma viagem deve ser aproveitada segundo a segundo, em busca da próxima atração.
Para além do imperdível
O “Slow Travel” pode ser entendido como uma oportunidade do visitante se conectar com a população e com o território, em um ritmo adequado à integração e absorção da cultura local. Este movimento silencioso contraria o turismo tradicional, impessoal e mistificado, marcado pela massificação dos destinos, além da descaracterização e perda de originalidade dos territórios.
Este estilo de viagem valoriza a estada prolongada, com tempo suficiente para ir além do “imperdível”, ou seja, explorar, descobrir, compreender, participar, usufruir e contribuir. É uma “forma de estar” que se contrapõe ao modelo adotado pelas grandes operadoras de turismo.
Paso lento
O Caminho de Santiago é uma rota onde é quase impossível não vivenciar tudo isso. Andar por lá – apesar de cruzar lugares incríveis – é muito mais conectar-se consigo mesmo, encontrar pessoas e experimentar um estilo de vida, do que visitar monumentos famosos ou atrações turísticas.
O Caminho de Santiago foi feito para o “paso lento”! ¡Disfrútalo!
10 IDÉIAS PARA UMA “SLOW TRAVEL”
1. Comece em casa. A chave para uma viagem lenta é o estado de espírito. A conexão com o local a ser explorado e com este novo conceito de viagem começa no planejamento: pesquise sobre a cultura e os costumes locais.
2. Viaje devagar, desacelere e conecte-se com o momento presente. Sempre que possível locomova-se a pé ou utilize ônibus, trens e barcos entre as cidades. A velocidade destrói a conexão com a paisagem.
3. Não permita que a ansiedade por chegar ao seu destino dilua o prazer da viagem.
4. Conheça os mercados e as lojas regionais. Experimente alimentos e pratos típicos em lugares frequentados pelos moradores locais.
5. Mergulhe na cultura dos cafés. Ao se sentar em um café, você se torna parte da cidade, não apenas um observador.
6. Dedique um tempo para aprender algo nos idiomas e dialetos locais com a ajuda de moradores, de um dicionário ou do jornal do lugar. Você descobrirá coisas que darão ainda mais significado à sua estada.
7. Envolva-se com as comunidades. Dê preferência a acomodações que permitam que você saia da sua zona de conforto, participe de eventos e festivais, faça contato com o novo e se conecte com o local.
8. Procure fazer o que os moradores locais fazem, não só o que os guias turísticos dizem. Eles têm muito mais vivência e conhecimento do lugar!
9. Saboreie o inesperado. Atrasos de trens ou ônibus perdidos podem criar novas oportunidades. Experimente passear seguindo sua intuição e perca-se nas ruas da cidade, isso pode gerar grandes descobertas.
10. Tente, de alguma maneira, retribuir às comunidades que você visita. Incentive os pequenos da cadeia de produção comprando lembrancinhas artesanais. Procure grupos que tem interesses parecidos com os seus e troque experiências.
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