Os pratos típicos que você deve experimentar no Caminho de Santiago
Os melhores pratos típicos das zonas por onde passam as diferentes rotas jacobinas - e que se destacam dos demais - estão hoje reunidos num único artigo, com o objetivo de que todo estrangeiro que peregrine a Santiago de Compostela se apaixone pelo Caminho... também pelo estômago.
É verdade que na hora de fazer o Caminho de Santiago existem dois tipos de peregrinos estrangeiros: aqueles que querem experimentar todos os pratos típicos de cada zona e os que se deslocam por terra e mar para encontrar a gastronomia do seu país.
Se a Espanha é conhecida por alguma coisa, é por sua gastronomia. Para experimentá-la, você não encontrará nenhuma dificuldade. As regiões que atravessam as diferentes rotas jacobinas estão repletas de deliciosos pratos, sobremesas e vinhos.
Neste artigo vamos destacar as 10 receitas essenciais do Caminho de Santiago, muitas ficarão pelo Caminho (literalmente), esperamos que nos perdoem por isso.
Bacalao al Pil Pil
Se fizermos o Caminho do Norte desde o País Basco, são muitas as receitas que não podemos deixar de experimentar e o bacalhau em molho Pil Pil é, sem dúvida, uma delas. Este prato é feito com quatro ingredientes básicos: bacalhau, azeite, alho e pimenta malagueta, e o molho é o protagonista, proporcionando um sabor extraordinário. Chama-se “pil pil” porque quando o bacalhau é confitado estala fazendo o barulho de onde se extrai a onomatopeia que dá nome ao prato.
Sopa de Ajo
Castilla y León é o epicentro do Caminho Francês. Grande parte deste percurso passa pelos seus largos e extensos campos, o que nos dá tempo suficiente para provar muitos dos seus pratos típicos.
Os ingredientes desta receita tradicional de origem humilde são: caldo, pão (geralmente pão amanhecido de dias anteriores), ovo poché, pimentão, louro, alho e azeite.
Huevos a la Flamenca
Se fizermos a Vía de la Plata desde Sevilha não podemos perder o seu prato mais flamenco. Esta receita contém ovos, tomates vermelhos e maduros, linguiça, pimentos tipo “piquillo”, ervilhas, presunto, vagem, cebola, alho e aspargos verdes.
Ainda que sejam sempre servidos numa panela de barro, onde os ovos crus são quebrados com as gemas inteiras, os ingredientes deste prato tradicional sevilhano tendem a variar conforme quem o prepara.
Migas a la Extremeña
Subindo a Via da Prata chegamos à comunidade autônoma de Extremadura, onde podemos provar algumas das migas (migalhas de pão) mais conhecidas de Espanha. As migas a la Extremadura, também chamadas de “migas del pastor”, são um prato tradicional feito - principalmente - com pão duro, linguiça e ovo.
Arroz a la Zamorana
Já teremos muitos quilômetros atrás de nós se chegarmos a Zamora pela Vía de la Plata. Neste ponto, um pouco de arroz nos servirá perfeitamente, principalmente se considerarmos sua qualidade. Arroz a la Zamorana está intimamente ligado ao abate de porcos e incorpora muitos produtos deste animal, como a orelha e um bom refogado de legumes para obter um saboroso arroz.
Cordero al Chilindrón
Voltamos para o norte, para nunca mais sairmos. Navarra é a primeira comunidade por onde passa o Caminho Francês na Espanha e ali podemos provar algo tão delicioso como um carneiro novo “al chilindrón”, que consiste num guisado de legumes e tomate com a carne do animal cortada em pequenos pedaços. O “pimiento choricero” (tipo de pimenta vermelha) é um dos responsáveis pelo seu forte aroma.
Pulpo á Feira
Embora muitas vezes digam "pulpo a la gallega", na verdade o nome do prato é "pulpo á feira". Embora a receita do polvo à galega seja simples, mas não é fácil, pois o polvo deve ser colocado numa panela grande onde será cozido para amolecer a sua carne. Durante o cozimento deve ser tirado e recolocado na panela umas três ou quatro vezes para “assustá-lo”. Passado o tempo de cocção ele é cortado em rodelas de mais ou menos um centímetro e servido em um prato de madeira, onde é temperado com páprica picante, sal grosso e azeite.
Para acompanhar a porção de polvo, recomendamos alguns "cachelos" (batata cozida com casca) também polvilhados com sal, páprica picante e um fio de azeite.
Melide é um dos locais mais concorridos do Caminho para provar esta saborosa iguaria. Ali os peregrinos que fazem o Caminho Francês encontram os que fazem o Caminho Primitivo e sentam-se para comer, antes de chegarem a Santiago de Compostela.
A dificuldade de preparar o polvo à galega está em conseguir um ponto de cozimento ideal, não pode ser demasiadamente mole nem duro e, na hora de servi-lo, é preciso encontrar o toque certo de sal e páprica. Fazer um bom polvo é uma arte!
Cocido Lebaniego
A Cantábria é uma terra de grandes pratos e um deles é o seu “cocido lebaniego”. É um dos pratos gastronômicos típicos de Liébana, na Cantábria (Espanha), por onde passa - o cada vez mais conhecido - Caminho Lebaniego, que pode ser percorrido num desvio do Caminho do Norte, de San Vicente de la Barquera ao Mosteiro de Santo Toribio.
Esta receita é constituída por uma base de grão-de-bico “de Potes”, batata e couve, acompanhada de produtos provenientes do abate de porcos, como linguiça, toucinho e chouriço.
Fabada Asturiana
Prato à base de faba asturiana (variedade de feijão branco) e embutidos como a linguiça e o chouriço. A fabada asturiana atingiu tamanha importância que é - segundo vários autores - uma das dez receitas típicas da cozinha espanhola, ao lado da tortilha de batata, dos callos (bucho) e da paella.
Sair das Astúrias sem ter provado uma vez a sua fabada é um pecado, sobretudo se você quiser viver a experiência imbatível de combater o frio invernal com um prato desta iguaria.
A fabada é um prato com muitas calorias, que na época de sua criação era ideal para recuperar as forças após longos dias de trabalho. Um prato típico dos mineiros asturianos que pode valer a pena para recuperar toda a energia deixada no Caminho. Uma vez com o estômago cheio, já podemos tirar uma boa soneca. No dia seguinte estaremos totalmente preparados para prosseguir.
Vieira
Mas você chegará a Santiago de Compostela e será atacado pela tentação de comer frutos do mar pelas ruas. A vieira é um dos pratos mais característicos da gastronomia galega e será um bom tributo ao final do seu Caminho, já que são servidas na própria concha da vieira, que é também um dos ícones mais representativos do Caminho de Santiago.
A receita consiste em servir cada vieira na sua casca com um refogado de cebola, que é polvilhado com farinha de rosca e levado ao forno e gratinar.
Com as vieiras, definitivamente terminaremos de comer o Santiago de Compostela etapa por etapa. Agora só nos resta pensar como explicamos o fato de voltar para casa com mais quilos do que saímos depois de tantos quilômetros percorridos.
¡Buen Camino a tod@s!
Versão para o Português: Bia Leis - Buen Camino Assessoria Personalizada
Projeto de Cooperação Mútua com os Correos de España
Fonte: Camino con Correos
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